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As funções executivas são um dos aspectos mais complexos da cognição, referindo-se a um conjunto de processos cognitivos que possibilitam ao sujeito: resolver problemas, tomar decisões, organizar o comportamento direcionando o para alcançar metas, capacidade de abandonar ou aderir novos métodos, planejamento, memória operacional, flexibilidade cognitiva e criatividade.
Quando ocorre um comprometimento na função executiva (disfunção executiva), algumas atividades como adaptação social ou controle emocional são altamente prejudicados, isso ocorre porque as funções executivas gerenciam funções cognitivas, comportamentais e emocionais.
Síndrome disexecutiva e seus sintomas…
- Apatia, desmotivação, dificuldade de atenção e desinibição de respostas instintivas.
- Comprometimento da capacidade para estabelecer metas, planejar, solucionar problemas, memória operacional, abstração e julgamento.
- Dificuldade para inibir comportamentos inapropriados e considerar consequências de longo prazo
Principais processos cognitivos das funções executivas:
- Memória operacional: Arquiva temporariamente informações.
- Planejamento e solução de problemas: Capacidade para desenvolver a melhor forma de alcançar um determinado objetivo, levando em conta: hierarquização de etapas e instrumentos a serem utilizados para alcançar a meta.
- Categorização e flexibilidade cognitiva: Habilidade para organizar elementos em categorias que compartilham determinadas características e propriedades estruturadoras.
- Impulsividade, controle inibitório e tomada de decisões.
- Fluência verbal e comportamental: Aptidão para emitir uma série de comportamentos (verbal ou não verbal) que respeitam uma estrutura de regras específica.
Localização:
A disfunção executiva é normalmente associada aos lobos pré-frontais, porém investigações indicam a ativação fora dos lobos frontais durante execução de testes que medem as funções executivas, ou seja, regiões extensas dos hemisférios cerebrais participam ativamente da elaboração dos comportamentos executivos.
Técnicas como a entrevista clínica, observação comportamental, escalas de avaliação, incluindo avaliações neuropsicológicas fornecem informações sobre a extensão e impacto do prejuízo sobre o cotidiano. A avaliação das funções executivas é de vital importância para um tratamento mais eficaz, pois transtornos neurológicos e psiquiátricos apresentam sintomas disexecutivos.
Malloy-Diniz, Leandro F. (et al.). Avaliação Neuropsicológica. Porto Alegre, 2010.
Imagem: 3D Brain HQ
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