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Podemos pensar na memória como a habilidade de adquirir, armazenar e evocar informações, temos vários tipos de memórias e formas de lidar com ela. Algumas pessoas que sofreram lesões cerebrais ao longo da vida ou outra causa que houve um comprometimento não progressivo da memória podem estar aptas para o processo de reabilitação de memória, dessa forma, as áreas mais importantes a serem trabalhadas são as memórias para informações verbais e visuais.
Posts para maiores informações sobre memória, disponíveis no feed: “memórias”, “memórias declarativa e não declarativas”, “memória de trabalho” e “Por que é importante tratar os transtornos emocionais e de humor relacionados ao comprometimento da memória?”.
Para a reabilitação da memória, alguns passos podem ser úteis para um melhor funcionamento, lembrando que o tratamento é feito por um profissional capacitado e de forma individual, pois cada pessoa pode ter um comprometimento em uma área específica, além disso, cada sujeito é único e singular e devemos considerar suas emoções, história de vida, núcleo de convivência, habilidades, interesses etc., para o desenvolvimento de um bom plano de tratamento.
A seguir algumas estratégias importantes para a reabilitação da memória:
Agenda: É importante que a pessoa tenha consigo a agenda, identifique um lugar específico onde a agenda tenha que ficar, colocar anotações em cartazes ou onde não possam ser ignorados, situações como essas ajudam o sistema de memória.
Lista de checagem: A lista de checagem é uma ferramenta interessante para quem tem o comprometimento da memória pois faz com que o paciente treine o passo a passo ou tarefas a fazer durante o dia que são listados, provavelmente nas primeiras vezes é necessário a ajuda de um terapeuta para auxiliar. A lista de checagem pode ser usada na forma de alarmes sonoros também.
Já algumas intervenções psicológicas incluem: gerenciar comportamentos cognitivos, por exemplo, compensações cognitivas (usar uma estratégia verbal para compensar uma memória visual); Métodos de evocação da memória, podem ser úteis para aprendizagem de novas informações; auxílios externos como por exemplo alarmes; adaptações ambientais como moldar o ambiente em que vive às necessidades, por exemplo, bilhetes pela casa, portas de cores diferentes para melhor identificação e trabalhar em ambientes calmos para auxiliar na concentração.
Todas essas atividades tem como objetivo melhorar a performance em uma função específica do cérebro ou melhorar o desempenho em uma tarefa. A reabilitação é um campo complexo que envolve amplas bases teóricas envolvendo sistemas, teorias e modelos de uma série de diferentes áreas. É essencial que pessoas que tenham um comprometimento da memória procurem um profissional capacitado, capaz de planejar, intervir e implementar programas práticos para reduzir pequenos danos do dia a dia, também é importante que conduza avaliações apropriadas, defina objetivos, e principalmente, saber como reduzir os problemas cotidianos de memória.
Referencia Bibliográfica:
Wilson, B. (2011). Reabilitação da memoria: Integrando Teoria e Prática. Porto Alegre: Artmed.
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