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O transtorno depressivo maior causa considerável impacto na saúde física, mental e qualidade de vida das pessoas acometidas. Estima-se que 4,4 a 4,7% da população mundial sofra do transtorno, no Brasil, a prevalência é de 17% (Dalgalarrongo, 2019), valor relativamente maior, o TDM é considerado uma das principais doenças incapacitantes do mundo (World Health Organization [WHO], 2016). Do ponto de vista psicopatológico, a depressão maior tem como elementos mais salientes o humor triste, e na esfera volitiva, o desamino, esses dois sintomas se manifestam de forma mais intensa e duradoura quando comparados a outros quadros depressivos.
O TDM, inclui sintomas relativos ao humor deprimido e perda de interesse, o transtorno afeta áreas como: afetivas e de humor; volição e psicomotricidade; ideativas; de esfera instintiva e neurovegetativa. Os sintomas devem estar presentes na vida da pessoa por pelo menos duas semanas, interferindo significativamente na funcionalidade do sujeito e impactando diretamente na qualidade de vida. O curso do transtorno depressivo maior varia muito, de modo que, muitas pessoas experimentam anos em remissão de sintomas, outros, podem apresentar a sintomatologia por um curto período.
Sujeitos acometidos por TDM podem apresentar os seguintes sintomas, que podem variar de leve a grave: tristeza intensa; humor deprimido; perda de interesse ou prazer em atividades antes apreciadas; alterações no apetite; problemas para dormir ou dormir demais; perda de energia ou aumento da fadiga; irritabilidade; hostilidade; aumento da atividade física sem propósito ou movimentos e fala mais lentos; sentir-se inútil ou culpado; dificuldade em pensar, concentrar-se ou tomar decisões; pensamentos de morte ou suicídio.
A psicoterapia pode ser uma intervenção essencial para e remissão dos sintomas deste transtorno. O plano psicoterapêutico busca abordar os seguintes elementos: psicoeducação dos sintomas, compreender como os pensamentos interferem nas ações e emoções do paciente, construir ferramentas para a confrontação de pensamentos negativos e destrutivos, desenvolver estratégias de enfrentamento e tomada de decisões, compreensão do momento que está sendo vivenciado, colaborar com a mudança de hábitos que contribuam para o transtorno depressivo maior.
Referências
American psychiatric association. What Is Depression? Disponível em: <https://www.psychiatry.org/patients-families/depression/what-is-depression>.
Dalgalarrongo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2019.
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, Porto Alegre: Artmed, 2014.
NIH. Mechanisms of action and clinical efficacy of NMDA receptor modulators in mood disorders. 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28711661,
World Health Organization (WHO). (2016). Fact sheet depression. Recuperado de: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs369/en/.
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