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O transtorno de personalidade paranoide se refere a um distúrbio caracterizado pelo padrão, persistente, de desconfiança e suspeita em relação aos outros. O indivíduo acometido acredita que os outros irão enganá-lo ou explorá-lo, mesmo não tendo nenhuma evidência que isso irá ocorrer.
Costumam suspeitar de planos de ataque por parte dos outros a qualquer momento, tendem a acreditar, que sempre há alguém tramando algo contra sua pessoa. Quando alguém da indícios de lealdade, o individuo com transtorno de personalidade paranoide tende a acreditar que é mentira, não consegue crer que existam pessoas assim, e diante de qualquer comportamento que gere alguma desconfiança, é o suficiente, para o paranoide achar que irá sofrer um ataque.
Apresentam dificuldade para estabelecer relações mais intimas, pois acham que qualquer informação que ele conte aos outros, será usada para lhe causar mal. O transtorno, normalmente, tem início no começo da idade adulta, porém, ainda na infância é possível observar alguns critérios como solidão, baixo rendimento escolar, hipersensibilidade etc., a prevalência desse transtorno é em torno de 4,4%.
Alguns critérios diagnósticos são: suspeita dos outros sem comprovações; não confia nos outros devido ao medo intenso; tem suspeitas injustificáveis acerca da fidelidade do parceiro sexual; guarda rancores de forma persistente; percebe ataques vindo de outras pessoas dos quais outros indivíduos na mesma situação não julgariam como ameaça, ou seja, apresenta interpretação distorcida, hipervigilância, falta de autorreflexão entre outros…
É importante ressaltar que o Transtorno de Personalidade Paranóide pode afetar negativamente a vida das pessoas acometidas, prejudicando seus relacionamentos, estado emocional e qualidade de vida. O tratamento do transtorno de personalidade paranoide depende muito da severidade dos seus sintomas, porém, psicoterapia pode colaborar, pois, visa ajudar os indivíduos a desafiar seus pensamentos distorcidos e a desenvolver estratégias para lidar com a desconfiança e a suspeita, assim como, os psicofármacos conseguem ser um bom aliado no tratamento.
Referência:
American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.
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