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A Síndrome de Charles Bonnet se caracteriza por alucinações visuais complexas em pacientes sem comprometimento cognitivo e/ou transtornos mentais, que têm doenças oftalmológicas associadas à redução da acuidade visual. É uma condição benigna, na qual o paciente reconhece a natureza irreal das alucinações. Essa síndrome é mais comum em idosos.
As alucinações visuais complexas podem incluir imagens detalhadas de pessoas, animais, plantas ou objetos. A frequência dessas alucinações pode variar entre diária, semanal ou mensal, e as imagens podem ser em preto e branco ou coloridas, estáticas ou em movimento. Os mecanismos envolvidos nesse processo incluem a hiperexcitabilidade de circuitos neurais centrais, causada pela redução da aferência visual periférica.
Os sintomas que contribuem para o diagnóstico incluem a presença de alucinações visuais complexas, estereotipadas, persistentes ou repetitivas; a manutenção da consciência da irrealidade do fenômeno; a ausência de alucinações em outras modalidades sensoriais; e a falta de comprometimento cognitivo ou transtornos mentais.
Um diagnóstico adequado auxilia os pacientes a compreenderem sua condição, reduzindo a ansiedade, evitando exames excessivos e hospitalizações. Devido ao desconhecimento generalizado sobre essa síndrome, muitas vezes o diagnóstico é equivocado, resultando na continuidade do sofrimento do paciente. Portanto, é essencial que os profissionais de saúde investiguem, informem adequadamente o paciente sobre o diagnóstico e promovam uma melhor qualidade de vida para ele.
Referência
Camila Machado, Frederico Figueiroa. Síndrome de Charles Bonnet: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2018 Set./Dez;22(3):302-321. Disponível em https://www.revneuropsiq.com.br/rbnp/article/view/279#:~:text=A%20s%C3%ADndrome%20de%20Charles%20Bonnet,de%20redu%C3%A7%C3%A3o%20na%20acuidade%20visual.
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