Autor: Sabrina Sasso Nobre
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Neste mês de setembro, que é dedicado ao Setembro Amarelo, é fundamental abordarmos o transtorno depressivo maior, uma condição mental prevalente que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Este transtorno é caracterizado por um episódio depressivo intenso que causa sofrimento significativo e prejuízo funcional, impactando diretamente a qualidade de vida do indivíduo.

Os sintomas do transtorno depressivo maior são variados e incluem alterações no humor, especificamente a presença de um humor deprimido ou irritável na maior parte do dia. Além disso, há uma notável perda de interesse ou prazer em atividades que previamente eram consideradas agradáveis. Outros sintomas frequentemente relatados incluem fadiga persistente, alterações psicomotoras (que podem ser apresentadas como agitação ou retardo), e distúrbios nos padrões de sono e apetite, como insônia ou hipersonia, e perda ou ganho de peso significativo.

É importante ressaltar que pensamentos autodepreciativos, sentimentos de culpa excessiva e ideias recorrentes de morte ou suicídio também são comuns entre pessoas que sofrem desse transtorno, assim como dificuldades na tomada de decisões e na concentração. Adicionalmente, queixas cognitivas, como problemas de atenção e memória, são frequentemente observadas e podem agravar ainda mais a condição.

A depressão maior é considerada um transtorno heterogêneo, refletindo uma complexidade nas manifestações clínicas e suas influências em diversas esferas da vida do indivíduo. As alterações cognitivas mais observadas incluem déficits na memória operacional e memória episódica, diminuição da velocidade de processamento e dificuldades em funções executivas. Também é relevante considerar fatores psicossociais associados à condição, como a negligência da higiene pessoal, práticas inadequadas de nutrição e a incapacidade de expressar emoções, frequentemente resultando em uma sensação de vida sem cor e desprovida de significado.

O impacto do transtorno depressivo maior se estende a múltiplas áreas da vida do indivíduo. Em decorrência disso, a identificação e o tratamento precoces são fundamentais. Abaixo, apresentamos uma lista dos sintomas mais comuns associados a este transtorno: insônia, agitação, sentimentos de culpa, dificuldade de concentração, pensamentos de morte ou suicídio, variações significativas de peso, diminuição do prazer em atividades anteriormente apreciadas e humor deprimido na maior parte do dia.

O tratamento do transtorno depressivo maior geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que combina psicoterapia e medicamentos psiquiátricos. O foco da psicoterapia é auxiliar na redução dos sintomas, promover habilidades de enfrentamento e diminuir a probabilidade de recaídas. É crucial enfatizar que a recuperação é possível e que o suporte social é um elemento vital no processo de tratamento. Lembre-se: você não está sozinho; é fundamental buscar ajuda profissional ao lidar com essa condição.

Referências:

Mônego, Bruna Gomes et al. Major Depressive Disorder: A Comparative Study on Social-Emotional Cognition and Executive Functions. Psicologia: Teoria e Pesquisa [online]. 2022, v. 38 [Acessado 19 Setembro 2024], e38217. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102.3772e38217.en https://doi.org/10.1590/0102.3772e38217.pt>. Epub 07 Nov 2022. ISSN 1806-3446. https://doi.org/10.1590/0102.3772e38217.en.

Coryell, William. Transtornos Depressivos. Manual MSD. 2023. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-do-humor/transtornos-depressivos