Autor: Sabrina Sasso Nobre
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A alexitimia é caracterizada pela dificuldade em reconhecer e expressar emoções. O indivíduo afetado enfrenta desafios para identificar e descrever sentimentos subjetivos, diferenciar emoções de sensações físicas, simbolizar o afeto e fantasias, além de adotar um estilo de raciocínio concreto e focado na realidade.

As causas da alexitimia podem ser de origem genética, fisiológica ou psicossocial, e geralmente se divide em dois tipos: primária e secundária. A alexitimia primária está ligada à interrupção na comunicação entre os hemisférios cerebrais, podendo ser considerada um traço de personalidade desenvolvido ao longo da vida do indivíduo. Por outro lado, a alexitimia secundária surge como resposta a traumas ou doenças, muitas vezes originados de situações vividas durante o desenvolvimento infantil ou na idade adulta.

Uma das hipóteses considerada é que a alexitimia pode ser desencadeado por eventos traumáticos, como desastres naturais, abuso físico, sequestros e doenças terminais, resultando em uma regressão na função afetivo-cognitiva para bloquear a consciência emocional como mecanismo de defesa contra os efeitos do trauma.

O tratamento para a alexitimia deve considerar as necessidades e circunstâncias individuais do paciente. Geralmente, um plano terapêutico multidisciplinar que combine diferentes abordagens e técnicas é a maneira mais eficaz de lidar com a condição.

Referências

Carneiro, Berenice Victor e Yoshida, Elisa Medici Pizão. Alexitimia: uma revisão do conceito. Psicologia: Teoria e Pesquisa [online]. 2009, v. 25, n. 1 pp. 103-108. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-37722009000100012>. Epub 09 Jun 2009. ISSN 1806-3446.

Bernardes, Júlio. Dificuldade de expressar emoções está ligada a contexto competitivo e de empobrecimento da linguagem. Jornal da USP, 2023.