Autor: Sabrina Sasso Nobre
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A confusão frequente entre dificuldades de atenção e de memória no contexto clínico suscita uma análise aprofundada. Embora processos cognitivos distintos, observa-se que tais confusões derivam, em parte, de semelhanças em seus modos de manifestação.

A atenção, enquanto mecanismo, desempenha a função de selecionar estímulos do ambiente, operando um controle seletivo de informações. Por sua vez, a memória incumbe-se da tarefa de registrar, armazenar, elaborar e recuperar informações.

O déficit de atenção caracteriza-se por uma disfunção no funcionamento atencional, resultando na incapacidade do indivíduo de manter concentração e foco. Os sintomas frequentemente associados a essa condição incluem impulsividade, hiperatividade e uma atenção geralmente deficiente.

Já o déficit de memória manifesta-se como uma inabilidade de recordar informações, eventos pregressos ou experiências, principalmente afetando a capacidade de retenção e evocação de dados específicos. Isso é notavelmente exemplificado por lapsos na lembrança de nomes, datas, eventos ou detalhes relevantes.

Ambas as disfunções podem impactar negativamente o desempenho do indivíduo, levando a situações como a negligência de compromissos devido a distrações ou a incapacidade de recordar informações essenciais. A diferenciação entre esses problemas reveste-se de importância crucial, uma vez que direciona as abordagens de tratamento e gestão de forma substancialmente divergente.

Cabe salientar que o déficit de atenção, por vezes, exerce influência no domínio da memória. No intuito de compreender com maior profundidade suas dificuldades cognitivas, é aconselhável buscar orientação junto a profissionais de saúde mental ou neuropsicólogos. Estes especialistas podem conduzir avaliações diagnósticas minuciosas e desenvolver planos de tratamento específicos, conforme a necessidade, a fim de endereçar o déficit de atenção, o déficit de memória ou ambas as condições, dependendo do caso em questão.

Referências:

SILVA, G; FERREIRA, T; CIASCA, S. Evolução do desempenho da atenção e da memória operacional em crianças de escola pública e particular. Rev. psicopedag.,  São Paulo ,  v. 31, n. 96, p. 254-262,   2014 .  Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862014000300003&lng=pt&nrm=iso>.

Helene, A. F., & Xavier, G. F.. (2003). A construção da atenção a partir da memória. Brazilian Journal of Psychiatry, 25, 12–20. https://doi.org/10.1590/S1516-44462003000600004