Autor: Sabrina Sasso Nobre
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O ciúme se refere ao conjunto de emoções desencadeadas por sentimentos de ameaça à qualidade ou estabilidade de um relacionamento que seja valorizado por nós, se esse ciúme estiver muito intenso ou causar um prejuízo significativo na qualidade de vida do indivíduo, então poderá ser considerado um ciúme patológico. No ciúme patológico a pessoa apresenta sentimentos perturbadores, desproporcionais e absurdos aos quais podem gerar comportamentos inadequados por parte do indivíduo afetado, é um desejo obsessivo de ter total domínio sobre os sentimentos e comportamentos do outro.

O ciúme patológico, pode ser considerado uma obsessão, podendo estar intimamente correlacionado com transtornos como depressões, demências e esquizofrenias, também apresenta clara relação com o transtorno obsessivo-compulsivo, tornando a vida do individuo e das pessoas a sua volta disfuncionais. Ainda pode ser visto como uma paranoia, neste caso, para o individuo acometido o limite entre a fantasia e a certeza se torna imprecisa, as ideias que sustentam o ciúme podem se tornar delirantes; gerando comportamentos compulsivos como, verificar cada dúvida que tem, por exemplo, checar o celular da outra pessoa, seguir, verificar a roupa etc. Apesar do esforço dedicado a tentar sanar as dúvidas o desconforto não passa.

Alguns dos sintomas do ciúme patológico são: desejo de controle total sobre os sentimentos e comportamentos do outro; preocupações excessivas sobre relacionamentos anteriores; sentimento de inferioridade; raiva excessiva; medo de perder a pessoa; insegurança; humilhação e vergonha.

A psicoterapia pode ajudar o paciente acometido nesses casos, auxiliando a analisar a natureza da preocupação, o grau de comprometimento, e colaborando para mudanças de alguns comportamentos do cotidiano, como, trabalhar a relação dos indivíduos afetados, melhorar a autoestima, rotina, realizar atividades que proporcionem prazer, entre outros…

Referencias:

Ballone, G; Moura, E. Ciúme Patológico. Disponível em www.psiqweb.med.br.

Perin, E; Freitas, F; Miranda, J; Nauiack J; Vasconcelos, M. Ciúme excessivo pode ser algum transtorno mental? O que fazer? Disponível em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/02/23/ciume-excessivo-pode-ser-algum-transtorno-mental-o-que-fazer.htm?next=0001H17U11N