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Seres humanos possuem emoções e precisam apreender de diferentes formas regular essas desde muito cedo, pois, elas colaboram com o funcionamento mental, participando da organização do pensamento e da ação (Greenberg & Paivio, 1997). Por exemplo, o medo estabelece que o objetivo é fugir e nos prepara para esta ação; a raiva pode estabelecer que um obstáculo precisa ser superado.
As emoções e seu manejo são elementos de extrema importância para a vida humana e influenciam diretamente na qualidade de vida e saúde mental.
Ao falarmos sobre regular as emoções não estamos nos referindo a controlar, suprimir as expressões ou esconder as emoções, na verdade o objetivo é encontrar uma forma de equilibrar a experiência e a maneira de expressar-se, pois, as emoções precisam ser reconhecidas e manifestadas através de ações construtivas.
Existe uma diferença entre sentir as emoções e ser envolvido por estas, por exemplo: ficarmos triste devido a perda de algo é diferente de termos uma crise pânica devida esta perda. O problema existe quando o sujeito apresenta dificuldade para regular a intensidade emocional e é envolvido por esta intensidade, sentindo que está fora do controle. Portanto, a desregulação emocional se refere a dificuldade de processar as emoções, ou seja, a inabilidade para manejar as vivencias e pode se manifestar tanto intensificando como anulando as emoções.
A maioria das patologias apresentam sintomas que envolvem as emoções, sejam elas pela intensidade (onde ocorre a hiporeatividade emocional ou hiper-reatividade), pela frequência ou duração excessiva de emoções negativas ou desativação de emoções positivas.
As estratégias para se alcançar a regulação emocional tendem a se basear em aumentar a experiência das emoções positivas e minimizar as emoções negativas, tendo como objetivo promover o bem-estar do indivíduo a curto prazo ou facilitar a realização de metas importantes a longo prazo.
O desenvolvimento da regulação emocional é um dos maiores desafios no âmbito pessoal e interpessoal da vida de cada individuo, pois, regular as emoções de uma maneira sadia exige muita prática. Aprender a perceber e autorregular as emoções é uma meta crucial do plano psicoterapêutico, pois, a habilidade de ser consciente dos sentimentos e regular as emoções é fundamental para a saúde mental e qualidade de vida do ser humano.
PROCOGNITIVA Programa de Atualização em Terapia Cognitivo-Comportamental: Ciclo 8/ organizado pela Federação Brasileira de Terapias Cognitivas; organizadores, Carmem Beatriz Neufeld, Eliane Mary de Oliveira Falcone, Bernard Rangé. – Porto Alegre: Artmed Pan Americana, 2021.
Greenberg, L., & Paivio, S. (1997) Working with Emotions in Psychotherapy. New York: The Guilford Press.
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