Autor: Sabrina Sasso Nobre
Últimos posts por Autor: Sabrina Sasso Nobre (exibir todos)

A distratibilidade se refere a um sintoma que pode aparecer em alguns transtornos mentais, ela se caracteriza pela dificuldade em inibir estímulos externos e internos ao se concentrar em uma atividade ou tarefa; o paciente muda de um ponto para o outro de acordo com os estímulos. A distratibilidade é um estado patológico que é demarcada pela instabilidade constante e mobilidade da atenção de um objeto para o outro, que dificulta a sustentação da atenção em pontos que impliquem em um esforço produtivo.

A avaliação deste sintoma deve levar em consideração sua etiologia e proeminência, entre outros requisitos. Por exemplo, a presença de distratibilidade na infância, pode levar a construção de um possível diagnóstico de TDAH; na idade adulta, a distratibilidade pode ocorrer devido ao uso de substâncias psicoativas. Pacientes com transtorno de humor, por exemplo, apresentam dificuldade de concentração e atenção constante, nos quadros de mania, é comum a diminuição da atenção voluntária e aumento da atenção espontânea, com a presença de, hipervigilância e hipotenacidade, ou seja, a atenção de indivíduos em fase de mania movesse rapidamente de um estímulo a outro, não fixando-se em nada.

A estimulação do ambiente pode ser essencial para reduzir ou aumentar a capacidade de distração. Para a distratibilidade ser considerada como sintoma, o caso deve ser avaliado por um profissional adequado, sendo importante componentes como: o sofrimento que isso causa ao sujeito, o quanto afeta sua qualidade de vida, persistência, entre outros…

O sintoma de  distratibilidade pode estar presente:

  • Devido a efeitos de alguma substância;
  • Devido a condição médica;
  • Incapacidade de filtrar estímulos externos acompanhado de sintomas de mania;
  • Incapacidade de se concentrar acompanhado de sintomas de depressão;
  • Associada a delírios ou alucinações;
  • Acompanhada por sintomas de desatenção ou hiperatividade/impulsividade;
  • Associada a problemas de concentração decorrentes de um estressor traumático;
  • Associada a dificuldade de concentração acompanhada por ansiedade e preocupação;
  • Distratibilidade clinicamente significativa que representa uma disfunção psicológica e biológica.

Referência:

First, Michael B. Manual de diagnóstico diferencial do DSM-5 (p. II). Edição do Kindle.