Autor: Sabrina Sasso Nobre
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Memória é a habilidade de adquirir, armazenar e evocar informações. As pessoas normalmente falam da memória como sendo uma só́ habilidade ou uma única função, por exemplo, às vezes nos referimos à memória como: “Eu tenho uma memória terrível”, “Aquele sujeito tem memória fotográfica”. No entanto a memória não é uma única função, mas sim, uma complexa ligação de subsistemas mnemônicos. 

Existem muitos tipos de memória e ela pode ser dividida de várias formas, por exemplo: podemos considerar a memória em quantidade de tempo de armazenamento, modalidade e estilo de informação, memória explícita ou implícita, se é retrospectiva ou prospectiva etc. Hoje abordaremos a memória de longo prazo, que se refere a capacidade de armazenar informações por longos períodos; essa memória pode ser declarativa ou não declarativa.

Memória declarativa se refere à memória que é possível evocar intencionalmente, que está relacionada a experiências pessoais (memória episódica) e fatos, informações sobre o mundo como significado de palavras, a cor da banana etc. (memória semântica). 

A memória declarativa pode ser dividida em duas categorias: episódicas/autobiográficas e semânticas. 

1.         Memórias Episódicas/Autobiográficas: se refere aos eventos específicos vivenciados por cada indivíduo em algum momento da vida, ou seja, episódios experimentados e definidos em tempo e espaço, por exemplo: recordar o que comeu no jantar, onde estava no último verão, contar sobre uma viagem que fez etc.

2.         Memórias Semânticas: se refere ao armazenamento de ideias e conceitos adquirido, ou seja, conhecimento geral sobre o mundo. Por exemplo: a cor do limão, o sabor de uma goiaba, o que fazer quando entra no supermercado. 

Memória não declarativa

Está relacionada ao que foi aprendido em algum momento da vida e como essa aprendizagem reflete no comportamento sem necessariamente haver resgate consciente da experiência, ou seja, realizamos a ação, que inicialmente exigiu um esforço consciente, sem a necessidade de resgatar intencionalmente a lembrança da construção do conhecimento. Por exemplo: ao andar de bicicleta não precisamos lembrar como ou onde aprendemos, simplesmente andamos de bicicleta.

IZQUIERDO, Iván. Memória – 2º edição. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Wilson, Barbara A. Reabilitação da Memória. Available from: VitalSource Bookshelf, Grupo A, 2011.

Fotografia: 3D Brain