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Neuropsicologia no transtorno bipolar
Como vimos na semana anterior, o transtorno bipolar faz parte dos transtornos de humor, tendo como principal característica as alterações de humor, indo de um estado depressivo (melancolia, desesperança, irritabilidade) ao estado de mania (agitação, falta de sono, impulsividade), em diferentes graus de intensidade.
O transtorno bipolar pode ser incapacitante e é importante o tratamento ser multidisciplinar. A Neuropsicologia é uma das ferramentas que contribui para o tratamento deste transtorno, ao avaliar o funcionamento cognitivo do paciente e possibilitar a construção de um plano de tratamento abrangente que abarque a reabilitação dos déficit neuropsicólogicos. O indivíduo com
Transtorno Bipolar pode apresentar alterações no pensamento, linguagem, raciocínio lógico, capacidade atencional, memória, aprendizado, entre outras. O nível de funcionalidade das capacidades cognitivas e seu impacto na vida do paciente varia de acordo com as peculiaridades de cada quadro clínico e com as caracterizas singulares de cada sujeito.
Porém, é possível observar que os déficits neuropsicológicos geram impactos diferentes de acordo com o estado de humor que o paciente está vivenciando, por exemplo, dificuldade de memória episódica, memória operacional, atenção visuoespacial, e capacidade de solucionar problemas são mais pronunciados em estado de mania. Pacientes com transtorno bipolar apresentam grande prejuízo de suas funções cognitivas e podemos considerar este transtorno como uma possível disfunção no córtex pré-frontal.
A reabilitação neuropsicológica é considerada um bom método para o tratamento do transtorno bipolar, pois ajuda a minimizar as interferências e dificuldades neurocognitivas que o individuo possa encontrar no dia a dia.
Fuentes, Daniel. Neuropsicologia: Teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 2008.
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