Autor: Sabrina Sasso Nobre
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A psicoterapia tem como base o diálogo entre psicólogo e paciente, e busca explorar a queixa, as atitudes, história de vida, comportamentos e emoções do sujeito. Durante este processo investigativo, paciente e psicólogo, procuram compreender a funcionalidade do dia-dia e como os sintomas impactam na rotina e qualidade de vida do paciente. Juntos buscam compreender o momento que está sendo vivenciado e suas dificuldades, procurando construir recursos de enfrentamento para que o individuo consiga desenvolver uma forma de ver e confrontar o mundo que gere menos sofrimento.

Podemos dizer que a psicoterapia consiste em uma viagem conjunta (psicólogo x paciente), onde o paciente se envolve ativamente na sua própria evolução. A qualidade do relacionamento destes dois sujeitos é fundamental para o progresso da psicoterapia, pois, esta relação proporciona um contexto único que possibilita no setting psicoterapêutico, a vivência de experiências essenciais da vida. Para muitos pacientes esta relação pode possibilitar condições para explorar novas formas de relações com os outros, mesmo que estas gerem desconforto, medo e insegurança. A relação psicoterapêutica se refere, a capacidade de estar presente de uma forma humana para a outra pessoa.

A psicoterapia está vinculada a mediações complexas referente a subjetividade do paciente, e o progresso pode ser observado ao longo das sessões. Porém, vale ressaltar que o paciente é o principal agente da mudança, já que, ele é o especialista sobre si mesmo e sobre a maneira como está experimentando o mundo.

O contrato estabelecido na psicoterapia deveria ser igualitário, de uma forma que distribui a responsabilidade da mudança. O processo psicoterapêutico se refere a uma colaboração mútua entre psicólogo e paciente, onde este último é o protagonista da sua própria história e um agente ativo da sua mudança.

Alguns quadros clínicos demandam um trabalho multidisciplinar devido a sua complexidade, nestes momentos psicólogos x psiquiatra x neurologista podem trabalhar em conjunto, com o propósito de ajudar na remissão dos sintomas. Kipert et al. (2019), enfatizam que o tratamento combinado pode ser muito benéfico para a melhorar a qualidade de vida do paciente.

O sujeito pode procurar a psicoterapia quando determinados sintomas estão afetando de forma significativa sua vida, ou seja, prejudicando atividades do dia-a-dia seja relacionado ao trabalho, família, amigos, relacionamento afetivos, parte financeira ou quando uma determinada tarefa que você sempre fez, acabou se tornando custosa.

Para encerrar precisamos ter em mente que. a mudança é um processo complexo, dinâmico e singular; e é durante o processo de psicoterapia que  psicólogo e paciente, juntos, irão construir novas possibilidade de experiências.

KIPERT, Elizabeth et al. Psicoterapia e Psicofarmacologia: o tratamento combinado sob a óptica cientifica da psicologia e da psiquiatria. Psicologia. Pt 2019 Disponível em https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1362.pdfAcesso em: 22 out, 2021.

MAHONEY, M. (2005). Psicoterapia constructiva. Barcelona: Paidós.