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A memória é a base da nossa identidade. Ela representa a capacidade de adquirir, armazenar, conservar e evocar informações. Mas em que momento a perda de memória se torna preocupante? Embora frequentemente confundidos, memória e esquecimento são fenômenos distintos, com origens e impactos diferentes no campo da saúde mental.
Esquecer faz parte da experiência humana. Não somos capazes de reter cada detalhe vivido ao longo do dia. No entanto, quando o esquecimento se torna frequente ou começa a interferir nas tarefas cotidianas, ele pode sinalizar algo mais sério. A perda de memória, ou déficit cognitivo, envolve dificuldades significativas para reter ou recuperar informações e pode ser sintoma de diversas condições, como: Demências (como Alzheimer); Acidente Vascular Cerebral (AVC); Traumatismos cranianos; Transtornos neurológicos.
Esses déficits costumam ser persistentes e afetam não apenas a memória, mas também outras funções cognitivas, como julgamento, linguagem e raciocínio. Como consequência, o desempenho no trabalho, nos estudos e nas relações sociais pode ser gravemente comprometido.
Por outro lado, os esquecimentos também podem surgir como resultado de alterações de humor, como ansiedade e depressão. Nesses casos, o problema não está necessariamente na capacidade de memorização, mas na forma como o estado emocional afeta a atenção e o armazenamento de informações. Emoções negativas intensas podem provocar: Distração emocional; Ruminação de pensamentos; Fadiga mental.
Esses esquecimentos são, em geral, temporários e tendem a melhorar à medida que a pessoa encontra maior equilíbrio emocional. No entanto, podem causar frustração, abalar a autoestima e comprometer a autoconfiança.
Distinguir entre esquecimentos ocasionais e perdas de memória patológicas é fundamental para um diagnóstico e tratamento adequados. Considere buscar avaliação profissional se: Os sintomas são persistentes e afetam sua rotina diária; estão associados a mudanças importantes de humor; há impacto nas relações interpessoais, no trabalho ou nas atividades cotidianas; existem sintomas adicionais, como alterações no apetite, no sono ou na tomada de decisões; há histórico familiar de doenças neurológicas ou transtornos psiquiátricos.
Tanto a perda de memória quanto os esquecimentos causados por alterações de humor são fenômenos complexos que requerem apreciação cuidadosa. Compreender suas diferenças e quando buscar ajuda é crucial para garantir que os indivíduos recebam o suporte necessário. Profissionais da saúde podem realizar avaliações detalhadas, fornecer diagnósticos precisos e sugerir intervenções adequadas, contribuindo assim para o bem-estar mental e a qualidade de vida do paciente. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando desafios relacionados à memória, não hesite em buscar orientação profissional.
Referência
Izquierdo, Ivan. Memória. Porto Alegre: Artmed, 2018.
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