Autor: Sabrina Sasso Nobre
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A Síndrome de Münchhausen é um transtorno factício no qual os indivíduos fingem ou induzem doenças ou traumas psicológicos em si mesmos com o objetivo de atrair atenção ou preocupação.

O termo foi cunhado em 1951 por Asher para descrever indivíduos que induziam sintomas físicos a fim de receber tratamento hospitalar frequentemente; uma das características mais comuns à época era a mentira patológica e as visitas a diversos hospitais em busca de cuidados.

A síndrome de Münchhausen pode estar associada a um transtorno de personalidade e apresentar como principais sintomas a falsificação de sinais e sintomas físicos ou psicológicos, bem como a indução de lesões ou doenças ligadas à fraude identificada; o indivíduo se mostra como doente, incapacitado ou lesionado, mesmo que não haja recompensas externas.

A manifestação inicial geralmente ocorre no início da idade adulta. A prevalência da síndrome ainda é desconhecida, mas estima-se que dois terços dos diagnósticos ocorram em mulheres e um terço em homens. Existem dois tipos da síndrome: um induzido pelo próprio indivíduo e outro por uma pessoa externa, como um familiar. Uma representação marcante da síndrome imposta a outrem é a série “The Act” ou o livro “Therapy”, de Sebastian Fitzek.

O principal objetivo do tratamento é evitar danos ao prevenir procedimentos médicos desnecessários, uma vez que cada nova internação pode fortalecer os temores dos pacientes de que algo grave justifique as intervenções invasivas.

Referencias:

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APA. Manual Diagnóstico e Estatístico dos transtornos mentais. DSM-5-TR. Porto Alegre: Artmed, 2023.

Gattaz, W. F., Dressing, H., Hewer, W., & Nunes, P.. (2003). Síndrome de Münchhausen: diagnóstico e manejo clínico. Revista Da Associação Médica Brasileira, 49(2), 220–224. https://doi.org/10.1590/S0104-42302003000200045