Autor: Sabrina Sasso Nobre
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A possibilidade de uma hipótese diagnóstica de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade-TDAH em adultos era pouco discutida até algum tempo atrás, pois, este transtorno é mais comumente diagnosticado na infância.
Adultos com TDAH costumam apresentar os seguintes sintomas: dificuldade para realizar algumas atividades, cumprir prazos, realizar entregas, dificuldade para executar desde atividades simples à complexas. Esses sintomas levam o indivíduo acometido pelo transtorno, ter uma vida menos funcional.
TDAH se caracteriza por três sintomas mais frequentes: desatenção, impulsividade e hiperatividade.
A alteração da atenção: Para a pessoa que sofre com o transtorno, concentrar-se por determinado tempo, pode ser um desafio, causando inúmeras situações desconfortáveis, a atenção se desvia muito facilmente para pequenas coisas, como o pássaro lá fora ou a hora do relógio. A pessoa pode apresentar “brancos”, interrompe a fala do outro, comete erros na fala etc. Nesse contexto, também acabam tendo muita dificuldade na organização de sua vida (rotina), o que acaba fazendo com que o indivíduo tenha que se esforçar muito mais que o necessário, porém em atividades que lhe despertem interesse, eles acabam tendo um hiper foco, como por exemplo em videogames e filmes.
Alteração da impulsividade: A impulsividade se estabelece de maneira que o cérebro de quem tem TDAH reage a qualquer pequeno estímulo, causando comportamentos impulsivos, dos quais pode se arrepender depois, pois geralmente ocorre a impulsividade e depois a pessoa pensa no que fez ou falou, esse comportamento acaba sendo muito ruim pois pode gerar sentimentos como culpa ou vergonha da situação. Alguns comportamentos impulsivos incluem: falar algo que não devia e depois se arrepender, baixa tolerância a frustração, provoca situações constrangedoras, gera impaciência ao esperar.
Hiperatividade: Nos adultos, os sintomas de hiperatividade podem se referir a pernas inquietas, roer unhas, rabiscar papéis, mexe o tempo todo nos cabelos etc. Sempre buscando algo para manter as mãos ocupadas.
O tratamento do TDA tem como proposito ajudar o sujeito acometido alcançar o melhor desempenho possível, e assim obter uma melhor qualidade de vida. Ou seja, a intervenção deve buscar reduzir o impacto funcional dos déficits através de estratégias que possibilitem melhorar a maneira como o sujeito maneja situações que causam desconforto, a forma como conduz as relações interpessoais, estabelecer uma rotina que seja funcional, organização de atividades diárias, administrar funções burocráticas e repetitivas. Técnicas de controle ambiental, treinamento de seleção e execução de planos cognitivos e de rotina especificas e tarefas são de extrema importância para o um plano psicoterapêutico eficaz.

Alvares Fabrícia; Wilson, Barbara. Reabilitação Neuropsicológica nos transtornos psiquiátricos: da teoria à prática. Belo Horizonte: Artesã, 2020.

Silva, Beatriz. Mentes Inquietas: TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade. São Paulo: Globo, 2014.


Fonte Vídeo:https://www.youtube.com/c/UCF- University of central Florida