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Podemos definir a atenção como o estado de concentração que dirigimos à um determinado objeto em um universo de elementos. Em nosso cotidiano recebemos uma grande variedade estímulos, mas não absorvemos todos, na verdade, nos apropriamos dos que são significativos em detrimento de outros, isso ocorre porque não nos interessamos por esses componentes e em consequência não atribuímos um significado à eles, ou seja, nossa atenção é seletiva.
A atenção é um processo que nos permite selecionar, filtrar e organizar as informações que recebemos e assim atribuir um significado para elas. Somos dotados da capacidade de, voluntariamente, dirigirmos nossa atenção para um determinado objeto ou podemos direcionar espontaneamente nossa atenção para um elemento que nos atrai e desperta nosso interesse.
O elemento que, em dado momento, constitui o objeto de nossa atenção, ocupa sempre o ponto central do campo da consciência. O centro desse alvo perceptual corresponde ao grau máximo de consciência e é denominado foco da atenção.
As alterações da atenção podem ser tanto de ordem neuropsicológica, neurológica ou transtorno mental.
A alteração mais comum é a diminuição global da capacidade atencional, onde se pode observar:
- perda da capacidade de concentração
- fadiga
- dificuldade para perceber e compreender os estímulos ambientais.
As funções atencionais dependem de fatores internos ou dificuldade específica, todos nós temos alguma dificuldade atencional, se isso representa um problema a ser tratado, vai depender do grau de comprometimento e do número de sintomas.
A capacidade atencional varia entre indivíduos e pode ser influenciada pelo humor, interesse e estado físico. Entretanto, algumas condições alteram a capacidade de perceber estímulos:
- estados depressivos
- ansiedade
- distúrbios do sono
- alterações da percepção
- transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
- transtorno de déficit de atenção/hiperatividade TDAH
- transtorno bipolar
Três fatores básicos são fundamentais para o funcionamento atencional: o fisiológico (condições neurológicas), o motivacional (forma como o estímulo provoca interesse) e a capacidade de concentração (focalização na fonte de estímulo). Quando esses fatores se encontram em desequilíbrio podemos observar o deficit de atenção e a diminuição do nível de consciência.
Se você apresenta algum desses sintomas não deixe de procurar ajuda.
Referências: Dalgalarrondo, P (2008). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed.
Fotografia: Canva
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