Autor: Sabrina Sasso Nobre
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A ciclotimia se caracteriza por oscilações crônicas e leves entre estados de hipomania e depressão leve. Esses estados são menos intensos do que os encontrados nos transtornos bipolares, mas ainda assim podem impactar significativamente o funcionamento diário do indivíduo afetado.

O transtorno ciclotímico geralmente tem início na adolescência ou início da idade adulta, com uma prevalência que pode variar de 0,4 a 1% da população. A pessoa pode vivenciar vários períodos de sua vida com sintomas hipomaníacos e outros com sintomas depressivos. Os sintomas incluem os altos e baixos desses períodos, podendo se tornar mais pronunciados ao longo do tempo. Nenhum desses períodos (hipomaníaco e depressivo) satisfaz os critérios para episódio depressivo maior ou maníaco, destacando a importância da construção de um diagnóstico diferencial por um profissional capacitado.

Embora algumas pessoas possam lidar bem com os períodos hipomaníacos e depressivos, ao longo do curso do transtorno, pode ocorrer um sofrimento significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes, devido à perturbação do humor.

É relevante ressaltar que as mudanças de humor neste transtorno não atingem a mesma intensidade observada no transtorno bipolar. Geralmente, pessoas com ciclotimia podem manter uma vida diária comum, embora isso possa representar um desafio. Na segunda imagem acima, é possível visualizar um gráfico que representa os diferentes períodos do transtorno ciclotímico, proporcionando uma melhor compreensão da sua dinâmica.

Referencias:

American Psychiatric Association. Manual Diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Bosaipo, N. B., Borges, V. F., & Juruena, M. F. (2017). Transtorno bipolar: uma revisão dos aspectos conceituais e clínicos. Medicina (Ribeirão Preto), 50(1), 72-84.