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O medo e a ansiedade são emoções básicas que todos sentimos, e estão presentes no nosso dia-dia enquanto realizamos inúmeras atividades, por exemplo, tomamos cuidado ao atravessar a rua, mas já se perguntou o porquê? Pode ser porque temos medo de sofrermos um acidente que possa nos machucar, ou então, sentimos ansiedade antes de apresentar um trabalho ou projeto importante, isso ocorre porque podemos ter medo de não ter um desempenho de acordo com nossas expectativas. Emoções são normais no nosso cotidiano, e precisamos delas, mas a partir de que momento elas podem tomar uma dimensão patológica?
Quando as emoções tomam uma proporção exagerada passam a ser anormais, ou seja, patológicas, podendo se converter em um transtorno. O medo exagerado, por exemplo, pode adquirir uma dimensão de horror, levando o individuo à uma séria de reações que ocorrem simultaneamente ou sequencialmente que o levam à um ataque de pânico. O ataque de pânico se refere a uma reação de alerta do organismo a situações consideradas ameaçadoras, se caracteriza por ser inesperado, espontâneo, ou seja, um falso alarme do organismo. O falso alarme pode caracterizar o primeiro ataque de pânico, porém, os que vem depois dependem do quanto a pessoa está psicologicamente vulnerável, pois, o medo de ter medo, deixa o sujeito em alerta e aumenta a sua sensopercepção.
No transtorno do pânico as emoções ansiedade e medo se apresentam de forma exagerada e emergem sem que haja uma fonte de perigo real. Esse transtorno se caracteriza por episódios inesperados de ataques de pânico, o sujeito fica extremamente irritado e preocupado, nele, os sintomas podem incluir: batimento cardíaco acelerado, suor, tremores, sensação de sufocamento, náusea, calafrios, medo de morrer, dor no peito, entre outros. Pessoas com ataques de pânico geralmente tem medo intenso de morrer, de ficarem loucos, e de ter um descontrole.
A constância dos ataques de pânico é relativamente baixa comparado a outros transtornos ansiosos, porém, causa um medo e preocupação extrema ao sujeito por não saber quando irá ocorrer outro ataque, causando uma ansiedade antecipatória. A pessoa tende a evitar situações e ou lugares em que teve o ataque de pânico, o impossibilitando cada vez mais de realizar determinadas tarefas, impactando assim, a qualidade de vida.
O tratamento é multidisciplinar: psicoterapia e psiquiatria.
Para pessoas que sofrem de ataques de pânico, algumas estratégias podem ser adotados, pergunte a si mesmo, o que está passando pela minha cabeça?, questione a validade dos seus pensamentos, será que esse medo é real? Se sentir necessidade poderá incluir a respiração diafragmática.
BARROS, Tito. Sem medo de ter medo: Um guia prático para ajudar pessoas com pânico, fobias, obsessões, compulsões e estresse. São Paulo: Segmento Farma, 2016.
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