Autor: Sabrina Sasso Nobre
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Este transtorno se caracteriza pela gravidade como seus sintomas interferem e/ou geram desconforto na rotina diária do indivíduo, seja no trabalho ou na vida social. O TOC acomete cerca de 2 a 3% da população em geral, causando grande sofrimento, é considerado um transtorno mental grave que muitas vezes tem início na adolescência, ou até mesmo na infância. 

Alguns estudos têm identificado diferentes dimensões do TOC, entre elas estão:

  • Contaminação e lavagem: Compulsões por limpeza, fazer lavagens excessivas, evitar contato com determinados objetos, substâncias ou locais.
  •  Simetria: Compulsões por alinhamento, ordem e sequência. Podem ler e reler diversas vezes algo, escrever e reescrever, sentar e levantar diversas vezes em sequência.
  • Verificações e ordem: Sentem necessidade de esclarecer suas dúvidas várias vezes para terem certeza, ficam pensando horas no assunto, além de fazer contagens e verificações diversas vezes por horas. 
  • Pensamentos indesejáveis: O indivíduo tem pensamentos do qual não tem controle, sendo eles de conteúdo agressivo, sexual e blasfemo.
  • Colecionismo: Coleta excessiva e incapacidade de descartar objetos, levando a desorganização e sofrimento.

As causas do transtorno ainda não são bem conhecidas, porém, existem evidências que fatores biológicos e genéticos tornam indivíduos mais suscetíveis a desenvolver. Sujeitos que sofrem desse transtorno apresentam uma sintomatologia heterogênea, com ampla gama de comorbidades e diferentes percentuais de resposta ao tratamento estabelecido, variando muito de indivíduo para indivíduo. 

Para uma boa resposta ao tratamento psicoterápico é essencial que o indivíduo esteja disposto e motivado para a mudança que o tratamento lhe exigirá, através de técnicas e estratégias que possibilitam a redução dos sintomas.

Dica de filme: Toc Toc (2017); Melhor é impossível (1997)

Rangé, Bernard et al. Psicoterapias Cognitivo – Comportamentais: Um diálogo com a psiquiatria. Artmed: Porto Alegre, 2011.