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A paralisia do sono é um fenômeno caracterizado pela temporária incapacidade de mover-se ou falar ao adormecer ou ao acordar, geralmente ocorrendo durante a transição entre o sono e a vigília. Durante esses momentos, indivíduos em estado de quase sono ou despertar não conseguem realizar movimentos voluntários. Durante um episódio de paralisia do sono, a pessoa pode estar consciente do ambiente ao seu redor, mas é incapaz de mover voluntariamente os músculos do corpo, o que pode gerar uma sensação de angústia ou medo, muitas vezes acompanhada por alucinações auditivas, visuais ou táteis intensas.
Esses episódios frequentemente envolvem sonhos vívidos e realistas, comumente negativos, tornando a experiência desconfortável. Este fenômeno é considerado uma disfunção do sono, ocorrendo principalmente durante duas fases do sono: o início do sono REM e o despertar do sono REM.
Os sintomas mais comuns incluem incapacidade de mover-se ou falar ao acordar, sensação de pressão no peito, alucinações auditivas, visuais ou táteis, medo intenso ou pânico. A prevalência é de 7,6% de indivíduos afetados. Fatores de risco incluem privação de sono, patologias psiquiátricas ou certos traços de personalidade.
Para muitas pessoas, a paralisia do sono pode resultar em medo e ansiedade persistentes ao adormecer. Nestes casos, podem surgir sintomas como diminuição da qualidade do sono, insônia, cansaço diurno, dificuldade de concentração, desmotivação e isolamento.
A maioria das pessoas enfrenta episódios isolados de paralisia do sono, os quais geralmente se resolvem naturalmente após alguns minutos, quando o corpo desperta completamente. No entanto, quando ocorre de forma recorrente, geralmente associada a forte carga emocional, é recomendado buscar ajuda médica para possíveis intervenções terapêuticas.
Estratégias para lidar com a paralisia do sono incluem manter horários de sono regulares, evitar cafeína e álcool antes de dormir, e praticar técnicas de relaxamento. Se a paralisia do sono estiver impactando significativamente a qualidade de vida, é aconselhável buscar orientação médica para discutir opções de tratamento.
Referência:
Ramos, D. F., Magalhães, J., Santos, P., Vale, J., & Santos, M. I. (2020). RECURRENT SLEEP PARALYSIS – FEAR OF SLEEPING. Revista Paulista De Pediatria, 38, e2018226. https://doi.org/10.1590/1984-0462/2020/38/2018226
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