Autor: Sabrina Sasso Nobre
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A anedonia, caracterizada pela perda de satisfação e interesse em atividades cotidianas como passeios, convívio familiar, brincadeiras e encontros sociais, refere-se à ausência de prazer em tarefas que costumavam ser gratificantes. Este fenômeno afeta atividades antes apreciadas, que hoje despertam pouco ou nenhum interesse.

No Brasil, a anedonia afeta aproximadamente 5,8% da população. Seus sintomas incluem a perda de interesse em atividades anteriormente apreciadas, dificuldades de concentração, distúrbios no sono (hipersonia ou insônia) e diminuição ou até mesmo perda da libido.

A anedonia é dividida em dois tipos: social e física. Na anedonia social, a pessoa demonstra desinteresse por interações sociais e atividades externas. Já na anedonia física, observa-se a incapacidade de experimentar prazer em situações íntimas, incluindo a alimentação, como se o indivíduo estivesse anestesiado.

No estado de anedonia, é crucial lembrar que se trata de um sintoma, sendo essencial o tratamento focado no transtorno subjacente. A depressão, por exemplo, destaca-se como um transtorno em que a anedonia desempenha um papel significativo, atingindo cerca de 70% dos pacientes, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Embora central na depressão, a anedonia também se manifesta em outros transtornos mentais, como ansiedade, estresse pós-traumático, bipolaridade, uso de substâncias, distúrbios alimentares, esquizofrenia e doenças neurodegenerativas.

No tratamento desse sintoma, é fundamental que o profissional identifique e aborde o transtorno subjacente. Além disso, estratégias como fortalecer os laços familiares, manter uma alimentação saudável, praticar atividade física regular, assegurar um sono adequado e reservar momentos de lazer podem ser incorporadas ao tratamento. Essas atividades contribuem positivamente para o enfrentamento da anedonia e sua submissão a tratamentos específicos.

REFERÊNCIAS

Souza, Felipe Luciano dos Santos de. “Frequência de anedonia em pacientes com depressão assistidos no ambulatório de um hospital psiquiátrico de Salvador (Bahia).” (2015).

Safe, Gustavo. Já se sentiu anestesiado com dificuldades em ter prazer? Disponível em https://centroavancadoendometriose.com.br